“As 17:30 hs do dia 11 de março de 2011, um trágico acidente na BR 364 nos deixa sem dois grandes companheiros, sonhadores, idealizadores, soldados e bravos guerreiros.
Eduardo Valverde e Ely bezerra, tinham a bandeira vermelha com uma forte e vibrante estrela no meio, como um instrumento de transformação para homens e mulheres que precisam e buscam uma vida digna como cidadãos ou cidadãs e acima de tudo como cristãos, partiram para uma outra missão em outra vida, em outra esfera. Eles foram, aqui nós ficamos com a missão de manter vivo o ideal de luta por uma vida e um mundo cada dia melhor.
Com o espírito de cada dia fortalecer e ver de fato implementadas nossas bandeiras, devemos seguir na busca destes ideais, sempre presentes na serenidade de Valverde e na alegria de Ely. Cabe a nós manter a historia, que muitas vezes para alguns parece ser utópica, para muitos um sonho, mas para quem vive e pensa no próximo: uma missão. Com o espírito da solidariedade, do companheirismo, do amor e acima de tudo do compromisso com a nossa história.
Um ano se passou e neste momento de oração e reflexão, em função da partida dos companheiros Eduardo Valverde e Ely Bezerra, devemos de fato refletir, pois, assim como bem disse um dos celebrantes do Culto Ecumênico, estamos de fato seguindo a nossa missão? De nada valeu o sangue derramado por esses dois companheiros que no momento desta “viagem” estavam em missão do PT, buscando unir e fortalecer nosso Partido? Estamos deixando de ser uma constelação de estrelas para ser uma estrela solitária?
Na celebração ouvimos fortes reflexões. Quando trago todas estas interrogações para a realidade que vivenciamos em Porto Velho, ao meu ver, elas caiem como uma luva. Isso, só me confirma que estamos precisando criar juízo, mas parece que para isso, vamos tropeçar, se machucar, sofrer, fazer sofrer, chorar muito. Não podemos esquecer que somos seres humanos, e não podemos deixar que o vazio tome conta de nossas vidas, principalmente pra quem vive na política, pois o vazio em um homem ou em uma mulher é a pior coisa que pode existir, a pessoa se torna “FRIA” e “SECA” incapaz de pensar no próximo e exercer a solidariedade, a fraternidade e o amor que pregamos durante anos. Isso sem mencionar no companheirismo num espaço onde o tratamento com quem dividimos espaço é: “COMPANHEIRO” ou “COMPANHEIRA”.
Como alguém já escreveu estamos nos autoflagelando. O pior é constatar que existem sadistas (sentem prazer em machucar), ou nos tornamos masoquistas (gostamos de sofrer)?.
Será?
Um abraço fraterno e que Deus nos nos ilumine.
Silvia Pereira
Militante e estou Vice Presidente
acumulando a Sec. De Finanças do DM/PVH