Logo que tomei o café da manhã desta quarta-feira no hotel onde encontro-me hospedado, desci as escadas, atravessei a rua e comecei a caminhar em direção a empresa onde trabalho numa média cidade do interior de Rondônia. Seguindo sempre pelo mesmo trajeto fui observando as ruas ainda molhadas em função da chuva que caiu durante a madrugada. Duas quadras adiante, pessoas dormiam na calçada, cenas que parece cada vez mais comum nestas paragens do poente. Assim como o capital não tem pátria e nem respeita fronteiras, a miséria também vai invadindo as pequenas e médias cidades do Brasil, independente do seu tamanho e de onde elas estejam localizadas. Enquanto as pessoas dormiam, aproveitando os últimos minutos do amanhecer de mais um dia de movimento no comercio que começava abrir suas portas, a presença de um homem de olhos claros, aparentando 30 e poucos anos, de cabelos e barbas longas, calçado com uma sandália de couro, uma jaqueta de pele de animais por cima de u
“Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás”