por Carlos Latuff No caso de Roberto Micheletti renunciar e buscar asilo político, o Brasil poderia recebê-lo de braços abertos. Ou melhor, a imprensa brasileira. Quem sabe lhe arrumar um cargo de editor-chefe no Estadão, que em suas páginas tem culpabilizado a todos pelo golpe de estado em Honduras: Lula, Hugo Chaves, a diplomacia brasileira, o presidente deposto Manuel Zelaya. Menos os próprios golpistas, que aliás, para as rádios, jornais e TVs no Brasil, nem sequer são golpistas. Referem-se ao processo pelo qual Zelaya foi expulso como legítimo e constitucional. Constitucional, a meu ver, foi o "impeachment"que afastou Fernando Collor da presidência, seguindo todo um trâmite legislativo. A menos, é claro, que a constituição hondurenha entenda como legítimo mandar soldados encapuçados invadir na calada da noite a residência de um presidente eleito, e sob a mira de fuzis, enfiá-lo num avião rumo a outro país. Mas o que esperar da mídia brasileira que tem uma Folha de São Pa
“Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás”