Este espírito, esta maneira de contar uma desgraça, é bem ilustrada na piada (ou causo) seguinte:
O mineirinho, que “trabalha” num sítio em Três Corações, liga para o patrão, que mora em São Paulo, e diz, com voz mansa:
- Alô, seu Carlos? Aqui é u Óshito, o casêro do sítio.
O paulista, sabedor que mineiro só telefona ou escreve para dar más notícias, fica ressabiado e pergunta:
- Pois não seu Washington. Algum problema?
O caseiro pigarreia, demora a responder:
- Num é pobrema não, eu só to ligano pra avisá que o papagaio do senhor morreu.
-Meu papagaio? Morreu?
-É.
- Puxa, Seu Washington, ele tava tão bem quando fui aí, mas... Morreu de que?
- Acho que foi di cume carne estragada!
- Carne estragada? Mas como? Quem deu carne estragada pra ele?
- Ninguém, não. Ele cumeu carne dos cavalo morto.
O patrão, já preocupado:
- Cavalo morto? Que cavalo morto, Seu Washington?
-Aqueles dois manga-larga que o senhor comprô na exposição. Eles morreram de tanto puxá carroça d’água.
- Tá louco? Que carroça d’água?
- Uai, pra apagá o incêndio.
O patrão, preocupadíssimo:
- Mas que incêndio, meu Deus?
O mineiro, calmo:
- Na fazenda. Uma vela caiu e aí pegou fogo nas cortina.
- Pô, aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
- Do velório.
O patrão, agora apavorado:
- Velório? Velório de quem?
- Da mãe do sinhô. Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela, pensando que era ladrão.
O patrão, em prantos:
- Meu Deus, minha mãe!!!!!!!!!!!!
E o mineiro, calmamente, tirando o corpo fora:
- Peraí, seu Carlo. O sinhô num vai chorar por causa dum papagaio, vai?
Do Site Viola Caipira
O mineirinho, que “trabalha” num sítio em Três Corações, liga para o patrão, que mora em São Paulo, e diz, com voz mansa:
- Alô, seu Carlos? Aqui é u Óshito, o casêro do sítio.
O paulista, sabedor que mineiro só telefona ou escreve para dar más notícias, fica ressabiado e pergunta:
- Pois não seu Washington. Algum problema?
O caseiro pigarreia, demora a responder:
- Num é pobrema não, eu só to ligano pra avisá que o papagaio do senhor morreu.
-Meu papagaio? Morreu?
-É.
- Puxa, Seu Washington, ele tava tão bem quando fui aí, mas... Morreu de que?
- Acho que foi di cume carne estragada!
- Carne estragada? Mas como? Quem deu carne estragada pra ele?
- Ninguém, não. Ele cumeu carne dos cavalo morto.
O patrão, já preocupado:
- Cavalo morto? Que cavalo morto, Seu Washington?
-Aqueles dois manga-larga que o senhor comprô na exposição. Eles morreram de tanto puxá carroça d’água.
- Tá louco? Que carroça d’água?
- Uai, pra apagá o incêndio.
O patrão, preocupadíssimo:
- Mas que incêndio, meu Deus?
O mineiro, calmo:
- Na fazenda. Uma vela caiu e aí pegou fogo nas cortina.
- Pô, aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
- Do velório.
O patrão, agora apavorado:
- Velório? Velório de quem?
- Da mãe do sinhô. Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela, pensando que era ladrão.
O patrão, em prantos:
- Meu Deus, minha mãe!!!!!!!!!!!!
E o mineiro, calmamente, tirando o corpo fora:
- Peraí, seu Carlo. O sinhô num vai chorar por causa dum papagaio, vai?
Do Site Viola Caipira