O Senador Valdir Raupp de Matos do PMDB de Rondônia, participou do programa Brasilia ao Vivo com a Jornalista Chistina Lemos da TV Record que foi ao ar ontem a noite. O senador respondeu sobre o caso Arruda e justificou a demora do partido em entregar os cargos que ocupava no governo do Distrito Federal.
A Jornalista indagou sobre a permanência no partido dos pmdebistas acusados de participar do esquema. O Senador entende que eles deverão ser expulsos e que a maioria dos acusados é correligionários de Joaquim Roriz, ex-integrante do PMDB e ex-governador do DF.
Sobre as eleições de 2010, a jornalista Christina Lemos quis saber sobre divisões no PMDB em relação às próximas eleições. Segundo ela, Quércia em São Paulo está atrelado ao PSDB, Roberto Requinhão no Paraná quer ser candidato a presidente e parte do partido defendendo alianças com o PT.
Sobre Requinhão, o Senador entende que passou da hora. Disse que ele mesmo já defendeu esta tese em outras ocasiões, no entanto, o partido não se preparou para isso. Ele lembrou, que o próprio Presidente Lula incentivou o partido a construir uma alternativa, mas faltou entusiasmo da direção partidária.
Quanto ao Quércia, ele entende que é comum nos grandes partidos ter varias correntes de pensamentos e o PMDB não foge a regra, é possível que algumas lideranças em alguns estados, não acompanhem a decisão majoritária e isso não tem como evitar.
Quanto à aliança com o PT ele foi categórico, o PMDB vai compor com o PT e indicar o vice na chapa com a Ministra Dilma Rousef e fez uma observação sobre a demora de Serra em se lançar candidato a sucessão de Lula. “Serra pode se candidatar-se governador sem deixar o cargo e com chances reais de reeleição. Para concorrer a presidência do Brasil, alem de não ter chances reais, ele necessariamente terá que deixar o governo de São Paulo em abril”.
O bom desempenho do governo Lula e a força da aliança que apoiara a candidatura da Ministra Dilma a presidência deixou o governador de São Paulo cauteloso. “–” “Eu no lugar dele não trocaria o certo pelo duvidoso e deve ser exatamente isso que ele esta pensando” e arriscou um palpite; se a Dilma chegar a 30% em fevereiro, o Serra não vai arriscar.”
PROBLEMAS A VISTA – se Serra desistir de disputar a presidência ele terá uma nova desavença com Geraldo Alkimim que lidera as pesquisas em São Pulo. Já houve um desgaste com Alkimim na eleição passada quando Serra não se envolveu na campanha, em função de compromisso com os democratas do Prefeito Kassab.
E Aécio Neves como fica nessa história? O Governador tucano que insistia numa prévia para escolha do candidato do PSDB acabou desistindo da disputa ao perceber que a demora do partido em se posicionar, conspirava a favor de Serra. Se Serra desistir, ele colocará seu nome novamente? Provavelmente não, ele queria tempo para construir uma aliança e não terá. Nesse ponto a jornalista Christina Lemos arriscou um palpite – ele ( Serra) poderá ser acusado de entregar a eleição ao PT.
Voltando a entrevista com o Senador, mesmo sendo exibida em plena noite de natal, penso que muita gente assistiu e pra quem não conseguiu ver, eu posso testemunhar, foi ótima!