Dona Margarida nos ensinou direitinho a diferença entre certo e errado.
Pra mim a diferença é muito simples e de fácil explicação:
-Pecado: se você se arrepender e se confessar você será perdoado.
Pra mim a diferença é muito simples e de fácil explicação:
-Pecado: se você se arrepender e se confessar você será perdoado.
- Crime: se você se arrepender e confessar, você poderá ser preso.
Fui criado na roça e meu contato com a civilização demorou pra caramba. Não é que sou tão velho assim, é que naquela época como costumam dizer meus pais, era tudo diferente. A gente não ouvia falar em drogas e corrupção. Eu nem sabia que existia cadeia, código penal, advogado e Etc. A única coisa que minha mãe nos ensinava era que não se podia pecar.
Hoje vi algumas matérias sobre o projeto de Lei que o Presidente Lula está enviando ao Congresso para tornar a corrupção um crime hediondo. No tempo ao qual me refiro os pecados também era classificados entre mortais e perdoáveis. Roubar, matar, não honrar pai e mãe era os chamados crimes inafiançáveis.
Eu confesso que tenho muito mais medo de cometer pecados. O pecado por mais escondido que seja sua prática, o Juiz (Deus) que irá te julgar vê tudo, sabe tudo e não aceita desculpas. Ao contrário do crime, o Juiz precisa ser convencido, ele não viu o crime, não sabe o que motivou o crime e necessita de provas e argumentos convincentes, é ai que entra os advogados, as mentiras, as falsas testemunhas e até propina para evitar o castigo, a punição.
Acho que o método utilizado por dona Margarida para nos ensinar a diferença entre certo e errado era mais eficientes que os castigos de hoje. Tenho nove irmãos. Somos 6 homens e 4 mulheres todos honrados. Pobres, mas honrados.
É que minha mãe nesse ponto nos enganou, ela dizia que a única forma de se enriquecer era trabalhando e por conta disso, nos acordava todos os dias as seis da manhã para ir a escola, voltar para levar almoço na roça e já ficar trabalhando, nos almoçavamos junto com os companheiros. Naquele tempo não existia o PT e companheiro era uma expressão utilizada para classificar os diaristas que trabalhavam pro meu pai.
Com o tempo descobrimos a existência do tal do crime e suas mais variadas formas de fabricar ricos. Poucos foram os que se enriqueceram sem cometer qualquer tipo de crime. Muitos mesmos depois de ricos continuam sonegando impostos, pagando propina, explorando trabalhadores e ajudando a complicar ainda mais a teia da corrupção espalhada por todos os lados.
Continuo achando que a forma de ensinar de minha mãe é a mais correta. Fizemos uso destes princípios na educação de nossos filhos e graças a Deus funcionou. Temos muito orgulho da educação que conseguimos transmitir a eles, só uma coisa nós não deixamos de dizer; é que alem do trabalho existem outras formas de irriqucimento, mas a única correta e que não é crime e nem pecado é por meio do trabalho e eles entenderam direitinho.
Viva a Dona Margarida!
Fui criado na roça e meu contato com a civilização demorou pra caramba. Não é que sou tão velho assim, é que naquela época como costumam dizer meus pais, era tudo diferente. A gente não ouvia falar em drogas e corrupção. Eu nem sabia que existia cadeia, código penal, advogado e Etc. A única coisa que minha mãe nos ensinava era que não se podia pecar.
Hoje vi algumas matérias sobre o projeto de Lei que o Presidente Lula está enviando ao Congresso para tornar a corrupção um crime hediondo. No tempo ao qual me refiro os pecados também era classificados entre mortais e perdoáveis. Roubar, matar, não honrar pai e mãe era os chamados crimes inafiançáveis.
Eu confesso que tenho muito mais medo de cometer pecados. O pecado por mais escondido que seja sua prática, o Juiz (Deus) que irá te julgar vê tudo, sabe tudo e não aceita desculpas. Ao contrário do crime, o Juiz precisa ser convencido, ele não viu o crime, não sabe o que motivou o crime e necessita de provas e argumentos convincentes, é ai que entra os advogados, as mentiras, as falsas testemunhas e até propina para evitar o castigo, a punição.
Acho que o método utilizado por dona Margarida para nos ensinar a diferença entre certo e errado era mais eficientes que os castigos de hoje. Tenho nove irmãos. Somos 6 homens e 4 mulheres todos honrados. Pobres, mas honrados.
É que minha mãe nesse ponto nos enganou, ela dizia que a única forma de se enriquecer era trabalhando e por conta disso, nos acordava todos os dias as seis da manhã para ir a escola, voltar para levar almoço na roça e já ficar trabalhando, nos almoçavamos junto com os companheiros. Naquele tempo não existia o PT e companheiro era uma expressão utilizada para classificar os diaristas que trabalhavam pro meu pai.
Com o tempo descobrimos a existência do tal do crime e suas mais variadas formas de fabricar ricos. Poucos foram os que se enriqueceram sem cometer qualquer tipo de crime. Muitos mesmos depois de ricos continuam sonegando impostos, pagando propina, explorando trabalhadores e ajudando a complicar ainda mais a teia da corrupção espalhada por todos os lados.
Continuo achando que a forma de ensinar de minha mãe é a mais correta. Fizemos uso destes princípios na educação de nossos filhos e graças a Deus funcionou. Temos muito orgulho da educação que conseguimos transmitir a eles, só uma coisa nós não deixamos de dizer; é que alem do trabalho existem outras formas de irriqucimento, mas a única correta e que não é crime e nem pecado é por meio do trabalho e eles entenderam direitinho.
Viva a Dona Margarida!