A recente movimentação do setor privado dos Estados Unidos é mais uma prova de que o cenário internacional começa a jogar a favor do Brasil. Grandes empresas norte-americanas enviaram ofícios ao governo de Donald Trump pedindo alívio tarifário para produtos brasileiros, numa clara demonstração de que a economia dos EUA depende fortemente de insumos e fornecedores instalados em nosso país.
Pressão sobre a Casa Branca
Entre os pedidos, o destaque vem da Daimler Truck North America, líder no mercado de caminhões pesados, que alertou para os riscos de uma ruptura na cadeia produtiva caso os Estados Unidos insistam em penalizar o Brasil. Outro setor que se manifestou foi o de cosméticos e higiene, lembrando que muitos de seus insumos vêm diretamente do mercado brasileiro.
Esses movimentos internos mostram que não é apenas a diplomacia que reconhece o papel estratégico do Brasil, mas também as grandes corporações que têm peso político em Washington.
A força da posição brasileira
Para além das tarifas, há um fator geopolítico em jogo: a possibilidade de o Brasil se aproximar ainda mais da China. O temor norte-americano de perder espaço para Pequim amplia a margem de negociação do governo Lula, que pode transformar essa pressão em oportunidades concretas para a economia brasileira.
Ganhos para setores-chave
- Agronegócio: maior competitividade para carnes, soja e derivados.
- Indústria automotiva: fortalecimento das exportações de autopeças e insumos.
- Cosméticos e higiene: consolidação do Brasil como fornecedor essencial.
Uma janela de oportunidades
Se o governo brasileiro souber aproveitar o momento, poderá conquistar concessões importantes, abrir novos mercados e fortalecer cadeias produtivas nacionais. A verdade é que, desta vez, a pressão não parte de Brasília, mas sim de dentro do próprio setor privado americano.