O que Eduardo Bolsonaro tentou esconder de Donald Trump?

A cada semana, novos detalhes revelados pela Polícia Federal ampliam o escândalo em torno da trama golpista que envolveu Jair Bolsonaro e seus aliados. Desta vez, a investigação trouxe à tona uma passagem curiosa — e reveladora: Eduardo Bolsonaro teria tentado ludibriar até mesmo o governo dos Estados Unidos, em especial o então presidente Donald Trump.

A mensagem reveladora

Em mensagens obtidas pela PF no celular de Jair Bolsonaro, aparece um trecho enviado por Eduardo que diz:
“torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do Trump”.

Esse pequeno recado expõe muito mais do que uma preocupação com a diplomacia: mostra o esforço de manter Trump distante da realidade sobre os planos em andamento no Brasil. O receio era que, se o ex-presidente americano fosse informado pela sua própria inteligência, pudesse não apenas se afastar do grupo, mas até mesmo denunciá-lo.

O que estava em jogo

O que Eduardo queria esconder não era um segredo isolado, mas sim o verdadeiro caráter das articulações feitas junto a autoridades estrangeiras. A Polícia Federal aponta que o deputado buscava apresentar uma narrativa distorcida para o governo dos EUA, tentando convencer que havia uma perseguição política contra Jair Bolsonaro e seus aliados, quando, na prática, tratava-se de uma tentativa de obstrução da Justiça brasileira.

Em outras palavras, o objetivo era usar o prestígio internacional — e especialmente a influência de Trump — como escudo contra investigações do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público.

A malandragem que não cola

É até irônico: Eduardo Bolsonaro pode até ter acreditado que conseguiria enganar um ex-presidente americano afeito a teorias conspiratórias. Mas, como a própria PF destacou, não conseguiu esconder a trama do Brasil, nem de Deus e muito menos da caneta implacável de Alexandre de Moraes.

No fim das contas, a “malandragem diplomática” virou mais uma prova do desespero de um grupo político que tentou usar até potências estrangeiras como instrumento para garantir impunidade.

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