ENQUANTO ESTADOS UNIDOS BUSCA ISOLAMENTO COM SEU UNILATERALISMO

A estratégia brasileira busca o caminho oposto: “É unir para ter mais força na negociação. Claro, o Brasil, do lado da Índia — o país mais populoso do mundo —, do lado da China — a maior economia do mundo —, e do lado da Rússia — a única potência militar que faz frente aos Estados Unidos —, é muito mais poderoso do que o Brasil sozinho.”


💬 Comentário sobre a estratégia de Lula:
O que Lula está fazendo ao usar o BRICS como plataforma de negociação com os Estados Unidos é, basicamente, aplicar uma lógica de poder coletivo. Ao invés de enfrentar Washington isoladamente, o Brasil se posiciona como parte de um bloco que reúne:

  • Peso demográfico: Índia e China juntas somam mais de 1/3 da população mundial.
  • Peso econômico: A China já disputa a liderança econômica global; a Índia cresce aceleradamente.
  • Peso militar: A Rússia mantém um poder militar de dissuasão relevante, rivalizando com os EUA.
  • Peso estratégico: O BRICS atua como contraponto ao G7, oferecendo voz ao Sul Global.

Essa postura reforça a capacidade de barganha brasileira. É o princípio de que, na diplomacia, alianças multiplicam o poder — algo que os EUA fazem há décadas via OTAN e acordos comerciais. Ao se alinhar com potências emergentes e consolidadas, Lula não apenas amplia o alcance da política externa brasileira, como também reduz o risco de o país ser tratado como “parceiro menor” em negociações bilaterais.

Na prática, isso significa:

  • Mais força na mesa para discutir comércio, tarifas e investimentos.
  • Maior autonomia frente às pressões de Washington.
  • Aumento do protagonismo brasileiro no cenário global, sem se limitar a uma relação de dependência.

Se o objetivo é negociar com Trump ou qualquer outro líder americano, estar de mãos dadas com gigantes é mais eficaz do que ir sozinho.


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