O emprego dos sonhos… de quem?"

Para muitos pais, trabalhar em um navio de cruzeiro pode parecer o emprego dos sonhos: viajar pelo mundo, salário em dólar, comida e alojamento incluídos. Mas a realidade por trás desse glamour esconde uma dura verdade: jornadas exaustivas, ausência de direitos trabalhistas, e rotina que beira a exploração.

A matéria da Rádio Itatiaia escancara o que muitos já sabem, mas poucos denunciam: trabalhadores brasileiros em cruzeiros enfrentam cargas horárias abusivas, muitas vezes sem descanso semanal, sem direitos garantidos por leis nacionais, submetidos a contratos internacionais que priorizam o lucro das empresas e ignoram o bem-estar humano.

Trabalhar 77 horas por semana, sem um dia sequer de folga, longe da família e sob forte pressão psicológica, não é um emprego dos sonhos — é um alerta sobre a precarização do trabalho em nome do turismo de luxo.

É preciso romper com o romantismo e entender que nem toda oportunidade internacional é sinônimo de progresso. O que está em jogo é a dignidade de quem serve, limpa, cozinha e entretém a bordo, mas é tratado como invisível quando desembarca.

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