Farda não é blindagem:

Moraes acerta ao proibir uso de uniforme por réus militares golpistas

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de proibir que réus militares utilizem fardas em audiências relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 é um passo necessário para a preservação da democracia — e para resgatar a dignidade institucional das Forças Armadas.

Por mais que setores da extrema-direita tentem distorcer os fatos, a medida não é um ataque ao Exército, à Marinha ou à Aeronáutica. Pelo contrário: trata-se de uma medida de respeito à farda, à República e ao princípio da igualdade perante a lei.

A farda não pode ser usada como escudo

A farda militar simboliza o compromisso com o Estado Democrático de Direito. Ela não pode, sob nenhuma hipótese, ser usada por quem virou as costas para a Constituição e tentou golpear o sistema democrático. Permitir que golpistas fardados se apresentem assim nos tribunais seria dar a eles um manto de legitimidade e autoridade que não merecem — e que não têm.

Quem traiu a democracia não pode se esconder atrás da farda para intimidar juízes, manipular a opinião pública ou se proteger de responsabilidades.

O recado do Exército

O mais simbólico dessa decisão foi a manifestação do próprio Comando do Exército, que concordou com a ordem de Moraes. Isso mostra que há, sim, setores comprometidos com a legalidade e com os valores republicanos dentro das Forças Armadas. E é justamente essa postura que precisa ser fortalecida.

Separar os criminosos da instituição é essencial para preservar a credibilidade das Forças Armadas junto à sociedade brasileira.

Justiça sem privilégios

A decisão de Moraes vai além do simbolismo: ela reafirma que não haverá tratamento especial para quem atentou contra a democracia, seja civil, militar, empresário ou político. A lei deve valer para todos — e os tribunais não são palcos para teatralização de poder.

É preciso lembrar que os militares envolvidos em atos golpistas não estavam cumprindo ordens legais nem agindo dentro de suas funções constitucionais. Estavam, pura e simplesmente, tentando subverter a ordem democrática. E por isso, devem ser tratados como qualquer outro réu comum.

Conclusão

A Justiça está, pouco a pouco, desfazendo o mito da impunidade que sempre cercou os altos escalões. Alexandre de Moraes tem sido uma peça-chave nesse processo, enfrentando pressões políticas e militares com coragem e firmeza.

Se queremos uma democracia sólida, é preciso deixar claro: a farda é símbolo de honra, não um disfarce para criminosos. Que essa decisão seja mais um passo rumo à responsabilização de todos que conspiraram contra o Brasil.

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