Emendas impositivas ou instrumento de manutenção do poder?




📉 Emendas Impositivas: O Orçamento que Desorganiza o Brasil

Quando a política de retalhos sufoca a gestão pública

O modelo de emendas impositivas tem crescido silenciosamente como um câncer no orçamento brasileiro. O que deveria ser um mecanismo para corrigir distorções regionais virou um balcão de negócios, onde o interesse eleitoral de parlamentares se sobrepõe ao planejamento de políticas públicas estratégicas. Agora, governadores de estados importantes como Mato Grosso e Paraná começam a levantar a voz — mas talvez tarde demais.

🔥 Mauro Mendes (MT): “Anomalia na administração pública”

Durante audiência no Supremo Tribunal Federal, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), foi direto:

“Estamos diante de uma anomalia na administração pública.”

Segundo ele, os mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares por ano não seguem critérios técnicos, não se alinham a políticas públicas e, pior, são usados com fins eleitoreiros. Em Mato Grosso, Mendes estima que mais de R$ 600 milhões são aplicados em obras e ações que não constam em nenhum plano de governo — apenas para atender deputados federais e senadores em busca de votos.

Para Mendes, o sistema distorce a lógica republicana e trava a modernização do Estado. Em vez de priorizar investimentos estruturantes, o país distribui recursos para reformas de pequenas praças, compras de maquinário sem planejamento e eventos festivos — tudo com dinheiro público.

🧱 Ratinho Júnior (PR): “Obstáculo ao planejamento”

Em São Paulo, durante evento da XP Investimentos, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), também fez críticas contundentes:

“O orçamento impositivo engessa o planejamento do Executivo. Deputados aplicam recursos em obras pontuais que não mudam a vida de ninguém.”

O Paraná, inclusive, optou por não adotar um modelo de emenda impositiva no nível estadual. Segundo Ratinho, se cada parlamentar decidir onde gastar uma parte do orçamento, o governo estadual perde a capacidade de executar projetos estratégicos de educação, saúde, transporte ou segurança.

O resultado? Um país fragmentado, onde o interesse local de um parlamentar se sobrepõe à visão de futuro de um estado inteiro.


🚨 O problema não é a emenda — é a lógica de poder por trás

Não se trata de negar o papel legítimo do Congresso na definição de prioridades orçamentárias. O problema é quando esse poder vira moeda de troca política. Emendas têm sido usadas para aprovar medidas impopulares, garantir reeleições e manter aliados no poder — tudo à custa da boa gestão.

Ao invés de fortalecer a democracia, as emendas impositivas minam o pacto federativo, sufocam a governabilidade dos estados e incentivam o clientelismo. Governadores que antes se calaram — ou mesmo se beneficiaram do sistema — agora reclamam do estrago.


⚠️ A conta está chegando

Os alertas de Mauro Mendes e Ratinho Júnior devem ser levados a sério. Mas eles também são um retrato do esgotamento do modelo político-orçamentário brasileiro.

O país precisa urgentemente de uma reforma fiscal que recoloque o planejamento e a responsabilidade no centro da administração pública. Caso contrário, continuaremos reféns de um sistema onde cada deputado comanda um pedaço do orçamento — e o povo recebe obras improvisadas, serviços precários e um Estado paralisado.


📢 Emendas impositivas não são sinônimo de democracia. São o retrato de um país capturado pela lógica do varejo político.

Quer que eu transforme esse artigo também em versão para postagem em redes sociais, vídeo curto ou roteiro de podcast?

Quando a política de retalhos sufoca a gestão pública

O modelo de emendas impositivas tem crescido silenciosamente como um câncer no orçamento brasileiro. O que deveria ser um mecanismo para corrigir distorções regionais virou um balcão de negócios, onde o interesse eleitoral de parlamentares se sobrepõe ao planejamento de políticas públicas estratégicas. Agora, governadores de estados importantes como Mato Grosso e Paraná começam a levantar a voz — mas talvez tarde demais.

🔥 Mauro Mendes (MT): “Anomalia na administração pública”

Durante audiência no Supremo Tribunal Federal, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), foi direto:

“Estamos diante de uma anomalia na administração pública.”

Segundo ele, os mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares por ano não seguem critérios técnicos, não se alinham a políticas públicas e, pior, são usados com fins eleitoreiros. Em Mato Grosso, Mendes estima que mais de R$ 600 milhões são aplicados em obras e ações que não constam em nenhum plano de governo — apenas para atender deputados federais e senadores em busca de votos.

Para Mendes, o sistema distorce a lógica republicana e trava a modernização do Estado. Em vez de priorizar investimentos estruturantes, o país distribui recursos para reformas de pequenas praças, compras de maquinário sem planejamento e eventos festivos — tudo com dinheiro público.

🧱 Ratinho Júnior (PR): “Obstáculo ao planejamento”

Em São Paulo, durante evento da XP Investimentos, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), também fez críticas contundentes:

“O orçamento impositivo engessa o planejamento do Executivo. Deputados aplicam recursos em obras pontuais que não mudam a vida de ninguém.”

O Paraná, inclusive, optou por não adotar um modelo de emenda impositiva no nível estadual. Segundo Ratinho, se cada parlamentar decidir onde gastar uma parte do orçamento, o governo estadual perde a capacidade de executar projetos estratégicos de educação, saúde, transporte ou segurança.

O resultado? Um país fragmentado, onde o interesse local de um parlamentar se sobrepõe à visão de futuro de um estado inteiro.


🚨 O problema não é a emenda — é a lógica de poder por trás

Não se trata de negar o papel legítimo do Congresso na definição de prioridades orçamentárias. O problema é quando esse poder vira moeda de troca política. Emendas têm sido usadas para aprovar medidas impopulares, garantir reeleições e manter aliados no poder — tudo à custa da boa gestão.

Ao invés de fortalecer a democracia, as emendas impositivas minam o pacto federativo, sufocam a governabilidade dos estados e incentivam o clientelismo. Governadores que antes se calaram — ou mesmo se beneficiaram do sistema — agora reclamam do estrago.


⚠️ A conta está chegando

Os alertas de Mauro Mendes e Ratinho Júnior devem ser levados a sério. Mas eles também são um retrato do esgotamento do modelo político-orçamentário brasileiro.

O país precisa urgentemente de uma reforma fiscal que recoloque o planejamento e a responsabilidade no centro da administração pública. Caso contrário, continuaremos reféns de um sistema onde cada deputado comanda um pedaço do orçamento — e o povo recebe obras improvisadas, serviços precários e um Estado paralisado.


📢 Emendas impositivas não são sinônimo de democracia. São o retrato de um país capturado pela lógica do varejo político.

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