O Brasil nunca se esqueceu e
nunca se esquecerá da goleada de 7 x 1 para a Alemanha em pleno Mineirão no dia
08 de julho de 2014. Segundo Andrea Sadi,
comentarista politica da rede Globo que conversou com lideranças do centrão,
estrategistas da campanha de Bolsonaro, a ideia é evitar um 7 x 1 nas eleições deste
ano. Por esta razão, a estratégia é dificultar o máximo a eleição de Lula. Eles sabem o peso, a diferença de um presidente eleito com grande folga de votos, de outro
eleito de forma sofrida e por uma margem pequena.
Dentre as estratégias bolsonarista,
está a ideia de dizer que o PT está de salto alto por conta das pesquisas, que
junto com Lula o eleitor vai escolher o PT, Dilma, Zé Dirceu, Mercadante,
lideranças que segundo eles, pode trazer alguns desgastes para o presidente
Lula. A favor de Bolsonaro, os estrategistas vão defender o governo na compra
de vacinas e ainda pretendem criar um pacote anticorrupção para tomar o
discurso de Moro.
O problema é que, nem Moro e nem
Bolsonaro tem autoridade para falar de corrupção. O primeiro está sendo
processado por sonegação fiscal e investigado por contratos duvidosos para
salvar empresas que ele próprio destruiu com a Lava jato. O segundo não
consegue explicar as rachadinhas, as compras superfaturadas de picanha, leite
condensado e seu interesse em compra de vacina não aprovada pela Anvisa, a Covaxin.
Vice de Bolsonaro
Interlocutores do centrão disseram
a Andrea Sadi que a vaga de vice na chapa com Bolsonaro está valendo tão pouco
que o assunto nem é lembrado na maioria das rodadas de conversas sobre estratégia
eleitoral. Tudo indica que o General Augusto Heleno seja o indicado. Bolsonaro
quer um vice que o proteja de um hipotético processo de impeachment, numa hipotética
reeleição. Ter um vice presidente um pouco pior que ele pode preservar seu mandato.
Esta é a tese.
Candidatura João Dória ameaçada
Vários são os fatores ameaçadores
da candidatura João Doria do PSDB de São Paulo. A primeira delas seria o próprio
PSDB que não confia no atual governador de São Paulo. Integrantes
do partido já comentaram achar difícil defender um projeto no qual eles não
confiam. Outra ameaça à vista é a aproximação entre PSDB e MDB na busca de
formar uma Federação. Esta federação
acabaria de vez com os sonhos de João Doria de se tornar candidato a presidente
da república. Boa parte dos caciques do MDB estão entre Lula e Simone Tebet e
longe de um possível acordo com Dória. A saída de Geraldo Alckmin
é outro fator preocupante para o pretenso candidato João Dória. Além de estar
sendo cogitado para vice de Lula, Alckmin pretende arrastar com ele uma grande
parcela do PSDB. Sem o PSDB e sem pontuar nas pesquisas, as alianças em torno
de Dória ficariam extremamente prejudicadas. Mas os problemas ainda não param
por aí, Eduardo Leite que disputou prévias com Doria está sendo procurado pelo
PSD de Gilberto Kassab para ser o candidato a presidente pelo partido.
Salto Alto?
O PT não está de salto alto e
sabe que as pesquisas é apenas um retrato do momento. Sabe ainda que Bolsonaro
tem a maquina na mão, tem toda uma indústria de fake News que acaba interferindo
no jogo. Por isso a ordem é negociar, compor com o maior numero de partidos,
lideranças e assegurar não apenas a vitória como a governabilidade que não será
fácil após o golpe de 2016 e ascensão do fascismo no Brasil.