1954 – AUMENTO DO SALARIO MÍNIMO
João Goulart era ministro do trabalho de Vargas em 1954 quando propôs um projeto de aumento do salário mínimo de 100%. Segundo ele, devido à elevação do custo de vida, a questão salarial continuava explosiva e, para enfrentá-la, era necessário elevar o salário mínimo de 1.200 para 2.400 cruzeiros. Não é difícil imaginar a reação provocada por esse projeto. Ao que tudo indica, Jango o encaminhou mesmo sabendo que isso poderia lhe custar o próprio cargo. Se realmente pensou assim, estava certo. Em fevereiro, em meio a uma grave crise política, era substituído por um fiel companheiro, Hugo de Faria, que assume como ministro interino. (FGV)
1960 – ELEIÇÃO DE JOÃO GOULART COMO VICE PRESIDENTE DO BRASIL
Na eleição presidencial de 1960, a vitória coube a Jânio Quadros. Naquela época, as regras eleitorais estabeleciam chapas independentes para a candidatura a vice-presidente, por esse motivo, João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi reeleito.
1961 – RENUNIA DE JÂNIO QUADROS
Ao completar sete meses de mandato presidencial, o governo de Jânio Quadros ficou isolado política e socialmente. Jânio Quadros renunciou em 25 de agosto de 1961. Agora quem iria tomar posse como presidente, era João Goulart, o Ministro do Trabalho de Vargas que propôs aumentar em 100% o salário mínimo. A elite militar e política foram a loucura. A possibilidade dos trabalhadores ter um presidente que distribuísse renda provocou o golpe militar.
Após a renúncia de Jânio Quadros, ocorrida em 25 de agosto de 1961, os três ministros militares manifestaram-se contra a posse de João Goulart devido a suas posições políticas, consideradas de esquerda. Imediatamente, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, apoiado pelo comandante do III Exército, José Machado Lopes, formou a Cadeia da Legalidade, dispondo-se a lutar pela posse do vice-presidente. Esta posição contou com o apoio de vários oficiais-generais que serviam em outros pontos do país. O impasse foi superado com a adoção provisória do sistema parlamentarista, com o qual João Goulart iniciou seu governo, em 7 de setembro de 1961.
1964 -O GOLPE MILITAR
Em 31 de março de 1964, tropas militares lideradas pelos generais Carlos Luís Guedes e Olímpio Mourão Filho desencadeiam o movimento golpista. Em pouco tempo, vários comandantes militares aderiram ao movimento de deposição de Jango. Em 1º de abril, João Goulart praticamente abandonou a presidência, e no dia 2 se exilou no Uruguai.
O movimento conspirador que depôs Jango da Presidência da República reuniu os mais variados setores sociais, desde as elites industriais e agrárias (empresários e latifundiários), banqueiros, Igreja Católica e os próprios militares. Todos temiam que o Brasil caminhasse para um regime socialista. Além disso, o golpe militar não encontrou grande resistência popular, apenas algumas manifestações que foram facilmente reprimidas.