Quem
não esteve lá, certamente ouviu falar do grande momento celebrativo que
aconteceu no último sábado em Pimenta Bueno. Uma multidão vinda de todos os
bairros da cidade, de municípios vizinhos e até de outros estados e países. Pessoas de outras igrejas e religião, gente que passava pela cidade e ao tomar conhecimento do evento, resolveu passar
por lá e participar da belíssima e animada celebração que já entrou para o calendário de grandes eventos tradicionais de Pimenta Bueno.
A
Missa sertaneja, como não poderia deixar de ser, transformou-se num momento
de homenagem as pessoas que plantam, que cultivam a terra e produz o alimento que chega às nossas mesas. Foi também a oportunidade de agradecer ao homem e a mulher do campo, pela vocação de produzir
para suprir as suas famílias e também as nossas. Mas não foi só isso. A Missa Sertaneja foi um grande momento de reflexão sobre os males que causamos a vida e a natureza com nosso poder de destruição.
O Ato
penitencial foi um momento forte. O barulho de um motosserra que entrou pelo
corredor principal ascendeu o público presente. O ato seguiu com a
derrubada de uma arvore, simbolizando a destruição das nossas florestas. O impacto ambiental foi notório. O ambiente da celebração foi altamente impactado com a cena daquela árvore tombando sob golpes de motosserra. Ato este, repetido todos os dias na Amazônia e em muitos lugares do Brasil. Enquanto encenava a ação do homem contra o meio ambiente, a equipe de canto entoava a música Planeta Azul com a seguinte mensagem: “ a vida e a natureza sempre
a mercê da poluição, se inverte as estações do ano, faz calor no inverno e frio
no verão. Os peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécies animais, tudo que se planta colhe o tempo retribui o mau que a gente faz”.
O
Gloria foi um momento de louvor e agradecimento a Deus, pelas pessoas
que
cuidam do Planeta, que doam o seu tempo e suas forças em defesa da vida, que se preocupam em produzir alimentos sem agrotóxicos, que reciclam o lixo ao invés de jogá-los na natureza. Este cuidado foi marcado por uma família
plantando uma arvore, uma espécie de convite a repetirmos o gesto em favor do
planeta e das futuras gerações. A reflexão foi completada com a mensagem do evangelho de Mateus 20, onde Jesus compara o reino de Deus à um agricultor que saiu contratando trabalhadores para a sua vinha. Cada um trabalhou e completou uma jornada diferente, mas recebeu do agricultor a mesma recompensa. Frei Valdir explicou que a recompensa de Deus é do tamanho das nossas necessidades e seu critério de julgamento é diferente dos nossos.
Ao
final, o público foi convidado a adentrar para o pátio da comunidade onde todo
o espaço foi preparado para dar sequência a celebração. As crianças ficaram
encantadas com o lago natural cheio de peixes, a pescaria, a casa de madeira onde as pessoas pousaram para fotos e relembraram o modelo de casa simples ainda muito presente nas propriedades rurais do nosso município. Os
jovens cantaram e dançaram louvores entoados pela equipe de animação em um
palco montado do lado de fora e todos aproveitaram para saborear comidas típicas
e abraçar amigos e parentes que vieram para celebrar. O público de calças Jens,
chapéu, camisa xadrez e botas de cano longo e salto alto, tomaram conta do
ambiente que foi se transbordando de alegria e confraternização.