Em carta aberta à população de Rondônia, Sindur denuncia reforma administrativa na Eletrobras para acomodar interesses políticos.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Rondônia - SINDUR, entidade sindical que representa, entre outros os(as) trabalhadores(as) da Eletrobras Distribuição Rondônia, antiga CERON, torna público que se encontra em andamento, mais uma reforma administrativa no âmbito da Eletrobras Distribuição Rondônia, cujo objetivo, infelizmente, não é o de tornar uma empresa mais eficiente, melhorar a qualidade dos serviços para a população ou dar mais condições de trabalho para seus(as) trabalhadores(as), mas sim, apenas e tão somente alimentar o apetite insaciável de parte da bancada federal, Deputados e Senadores, que ao invés de estarem ajudando assegurar recursos para os investimentos necessários no setor, querem é mais espaços para acomodar seus “apadrinhados” em cargos na administração pública federal, cujo resultado final em vários casos, como temos testemunhados, através dos noticiários nacionais, situações como da Petrobras e recentemente da Eletrobras Eletronorte.
Através da presente Carta Aberta, relembramos e alertamos sobre alguns fatos inquestionáveis, como os a seguir relatados.
. Em 2008, as Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras, empresa federal controladora da distribuidora em Rondônia e das distribuidoras nos Estados, Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí e Roraima, centralizou a gestão dessas empresas sob o argumento de que as gestões estaduais enfrentavam grande influência política local, e que com a centralização, a influência política dos Estados acabaria e os recursos para os investimentos necessários seriam assegurados. Constatase que a influência da política na gestão dessas empresas, especialmente de parte da bancada federal, continuou da mesma forma como antes e os investimentos não vieram na proporção necessária;
. Desde a centralização da gestão das Distribuidoras de Energia Elétrica, verificou-se que cada Estado teve uma gestão local de acordo com a conveniência dos interesses políticos de seus Estados. O Estado do Amazonas, por exemplo, Estado do atual Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, sempre teve uma estrutura administrativa local diferenciada das outras Distribuidoras. O peso dos interesses políticos locais sempre prevaleceu sobre o que pregou a controladora.
. Nos casos das demais Distribuidoras, entre elas a de Rondônia, a criação inicial de uma Diretoria de Operações e por último de uma Presidência local, novamente foi para atender os interesses políticos locais. Isso em nada contribuiu para melhoria da qualidade de serviços a população.
. No nosso Estado de Rondônia, a gestão local a “cota de ocupação de cargos” é de dois parlamentares, cujas posturas diante das realidades são questionáveis como, por exemplo: um deles, quando aparecem escândalos nacionais, vem a público dizer que não tem indicações no setor, como no caso recente da Eletronorte (nessa empresa além de indicação nacional, ainda tem indicações local de dois gestores). O outro está condenado por crime contra administração pública e a família tem contratos com a Eletrobras Distribuição Rondônia, o que por questões de prudência não deveria ter nenhuma indicação para ocupação de cargos nesta empresa, pois, há conflito de interesses entre a gestão local e o grupo que mantêm contratos com a Eletrobras Distribuição.
. No nosso Estado de Rondônia, a gestão local a “cota de ocupação de cargos” é de dois parlamentares, cujas posturas diante das realidades são questionáveis como, por exemplo: um deles, quando aparecem escândalos nacionais, vem a público dizer que não tem indicações no setor, como no caso recente da Eletronorte (nessa empresa além de indicação nacional, ainda tem indicações local de dois gestores). O outro está condenado por crime contra administração pública e a família tem contratos com a Eletrobras Distribuição Rondônia, o que por questões de prudência não deveria ter nenhuma indicação para ocupação de cargos nesta empresa, pois, há conflito de interesses entre a gestão local e o grupo que mantêm contratos com a Eletrobras Distribuição.
. No que se refere à garantia de investimentos necessários, registramos que um dos mais importantes plano de investimentos para o Estado de Rondônia, no setor elétrico, que garantiria a interligação dos municípios isolados ao chamado “linhão”, entre eles, Machadinho do Oeste, Theobroma, Anari, Buritis, Alvorada, São Francisco até Costa Marques e outros, obras que tiveram sub-rogação da CCC - Conta de Compensação de Combustível de mais de R$ 400.000,000,00 (quatrocentos milhões), ou seja, dinheiro a fundo perdido que teve o prazo máximo de execução fixado pela a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica para meados de 2015, NÃO DEVERÁ SER EXECUTADO tendo em vista que os recursos que foi tantas vezes dito que “não faltaria”, não chegaram, o que deve levar a perda desse volume considerável de recursos a FUNDO PERDIDO para o Estado de Rondônia.
Por fim, registramos que os(as) trabalhadores(as) da Eletrobras Distribuição Rondônia, repudiam as constantes mudanças na estrutura da empresa ocorridas nos últimos anos, por não buscar a melhoria na qualidade de serviços prestados a população e nem melhoria das condições de trabalho, mas tão somente atender interesse de alguns políticos locais, de sede insaciável por ocupação de cargos e nomeação de seus apadrinhados, quando na verdade, que se quisessem ajudar a população de Rondônia deveriam estar contribuindo para solucionar, casos como o da interligação dos municípios que ainda estão em sistema isolado.
A DIREÇÃO