Gustavo Maia da Uol,
De acordo com um dos nove textos temáticos
presentes no segundo volume do relatório, que aborda a colaboração de civis com
a ditadura, as empresas Mendes Júnior, Setal e Rabello admitiram membros das
Forças Armadas em cargos de comando "para tentar facilitar sua atuação
junto a agências estatais". As duas primeiras estão, hoje, entre as
empreiteiras suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a Petrobras.
Outras três empreiteiras citadas no documento
são hoje citadas na operação, e teriam sido favorecidas durante a ditadura.
"Se antes do golpe civil-militar de 1964 havia no Brasil empresas
importantes no setor de construção civil, ao final do regime tínhamos um quadro
de grandes grupos de diversificada atividade econômica e atuação internacional,
formados a partir de firmas da construção. Esses conglomerados econômicos, como
Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, permanecem poderosos até
hoje", relata o texto.
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/12/10/comissao-da-verdade-empreiteiras-citadas-na-lava-jato-contrataram-militares.htm