Será possível que uma crise deste tamanho,
revelando a podridão que todos os brasileiros já conhece na mistura de
campanhas eleitorais, obras publicas, financiamento de campanha e indicação
politica para cargos públicos irá terminar sem nenhuma alteração dos métodos
geradores dessa crise? veja como cada um avalia, manipula e utiliza a crise contra ou a favor.
O jornalista Ricardo Kotscho, do Balaio do Kotcho, avalia que o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) partiu para o vale-tudo e decidiu encarnar Carlos
Lacerda, golpista mais notório da história política nacional.É como se Aécio Neves dissesse para Dilma Rousseff, ao final
desta opera bufa em que encarna Carlos Lacerda à beira de um ataque
de nervos: "Tudo bem, eu perdi a eleição, não vou ser mais presidente, mas
você também não vai governar. Nós não deixaremos"
O colunista neocon Reinaldo Azevedo, porta-voz das alas mais radicais do PSDB
e da extrema direita brasileira, sugere, nesta sexta-feira, colocar o Partido
dos Trabalhadores na ilegalidade. Ou seja: o novo método para derrotar o
PT, que governa o País há 12 anos e ganhou, nas urnas, o direito de governá-lo
por mais um quadriênio, seria tentar bani-lo da vida política nacional.
O Ministro da Justiça Eduardo Cardozo criticou a postura da oposição. “Não estão
satisfeitos com o resultado eleitoral e querem fazer disso um revanchismo.
Querem ganhar no tapetão o que perderam nas urnas, por razões de frustração
eleitoral.”
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) questiona o estilo adotado pelo senador Aécio
Neves (PSDB-MG) após a derrota nas eleições presidenciais. Segundo, ela, em vez
de liderar uma oposição propositiva, ele tem apostado no 'quanto pior, melhor'.
No texto ela afirma que "a
belíssima votação que o senador Aécio Neves teve na eleição deste ano o
qualifica para liderar a oposição, mas a inapetência pode anular isso em poucos
meses. Se considera que a presidenta está errando, que apresente alternativas
sistemática e consistentemente, coisa que não vimos nos últimos anos. Não vai
longe uma oposição que depende do que a mídia lhe apresenta para ter propostas
para o país."
Segundo a UOL desta sexta feira 05 de dezembro 2014, a empresa Toyo Setal,
Construtora Engenharia Carioca envolvida na Operação Lava Jato doou 34 milhões
ao PSDB, PT, PR e PRB.
O jornalista Kennedy Alencar prevê um desfecho positivo com a Operação Lava
Jato: o fim do financiamento privado de campanhas políticas; "Todos os
grandes partidos e todos os principais
políticos do país receberam doações oficiais desse grupo de empreiteiras. Como
criminalizar as contribuições ao PT no governo federal e dizer que doações para
o PSDB e outros partidos foram legítimas em administrações estaduais?",
questiona.