Acabou a harmonia entre os membros da Câmara de vereadores. Crise chega ao presidente da Mesa Diretora.
A crise no poder legislativo
municipal de Pimenta Bueno começou com a deflagração da Operação Higia em
agosto deste ano, onde foram denunciados quatro vereadores, um construtor e um
ex-secretário municipal por suposta participação em um esquema de extorsão envolvendo os denunciados e o
empreiteiro responsável pela reforma do hospital publico municipal Ana Neta.
Três dos quatro vereadores
chegaram a ser presos e passaram mais de trinta dias na cadeia. Diante da pressão
por parte da população, a Câmara instaurou processo de investigação objetivando
apurar desvio de conduta dos quatro
vereadores cujo desfecho, terminou com 01 cassado e 03 absolvidos.
Nem deu tempo para a comemoração e os suplentes dos vereadores
absolvidos já procuraram a justiça pedindo a anulação da Sessão e exigindo novo
julgamento. Os suplentes que haviam sido convocados para participar do
julgamento foram impedidos de votar em alguns dos vereadores por pertencerem o
mesmo partido ou coligação e terem interesse na cassação. Com a convocação de
nova Sessão de julgamento para esta quarta feira 04/12/13 e da possibilidade
real de cassação dos quatro vereadores envolvidos, o clima esquentou entre os
vereadores e chegou ao presidente da casa, vereador Paulo Adail.
O dia iniciou com matéria contra o
presidente da câmara municipal publicada na Folha Pimentense, site, de
propriedade de integrantes do PSB, cujo líder, Cleiton Roque trabalha nos
bastidores pela absolvição dos acusados. A noite já durante a Sessão foi
apresentado um requerimento assinado por cinco vereadores solicitando abertura
de processo de investigação contra o presidente por suposto crime de
improbidade administrativa. Segundo os proponentes, a indícios de envolvimento
do presidente da casa na revogação de um alvará de funcionamento de um novo consultório
dentário no município. O requerimento
foi aprovado por 07 x 05 e aguarda os tramites legal para iniciar o processo de
apuração.
No bojo desta crise está a
disputa pelo controle da mesa diretora e da formação de maioria na câmara municipal. Teoricamente o atual presidente da casa tem
apoio de 05, dos 13 vereadores atuais, 06 com ele. A oposição ao presidente e a
atual Administração teria agora 06 vereadores
incluindo os quatro que serão julgados amanhã.
Caso consigam se livrar da cassação nesta próxima quarta feira, os dois
grupos passariam a brigar pela adesão do sétimo vereador, nesse caso, o vereador
Irineu que até o momento tem tido uma posição de total independência na Câmara Municipal. Irineu já declarou voto a
favor da cassação dos quatro vereadores e ontem votou favorável ao requerimento
que pede investigação contra o presidente da casa.
Hoje o quadro é esse. Possivelmente
na quinta feira o quadro será totalmente diferente. A cassação dos quatro
vereadores, caso venha a ocorrer, volta a fortalecer o atual presidente que
poderá inclusive, arquivar o processo de investigação aprovado ontem.