O colunista do Congresso em Foco, Antônio Augusto de Queiroz avalia que em 2014 o Congresso Nacional terá
renovação história e aponta quatro
fatores que segundo ele contribuirá para isso:
Em primeiro lugar, porque os
partidos, interessados nos recursos do fundo partidário e na ampliação da
propaganda eleitoral gratuita, ambos calculados com base no desempenho para a
Câmara, têm priorizado o recrutamento de quadros e lideranças com o objetivo de
aumentar suas bancadas de deputados federais.
Em segundo lugar,
porque as manifestações de junho e julho de 2013 demonstraram a insatisfação
com a atual representação política, especialmente com a Câmara, cuja imagem
está muito negativa, tanto pelos escândalos de corrupção, quanto pela
absolvição do deputado presidiário Natan Donadon (ex-PMDB-RO), além do fraco
desempenho no atendimento da agenda que motivou os protestos.
Em terceiro lugar,
porque muitos dos atuais parlamentares devem desistir da tentativa de
reeleição, seja pela desilusão com o Parlamento, seja pelos elevados custos de
campanha, de imagem e desgastes no exercício do mandato.
Em quarto lugar porque
o índice de renovação está sempre associado ao ambiente político. Quando o
ambiente é de crise, com escândalos, como o atual, a renovação aumenta. Quando
o ambiente é de relativa estabilidade, o desejo de mudança diminui. A
seguir uma tabela com o histórico de reeleição nas últimas seis eleições para a
Câmara dos Deputados.
Eu
acrescentaria mais um motivo, a Lei da Ficha Limpa que não valeu para a ultima
eleição e que vai valer em 2014 e boa
parte dos parlamentares, principalmente os que já passaram pelo o Executivo tem
processos tramitados e julgados e isso vai tirar muita gente do páreo. Um
exemplo disso é os casos de Kaká Mendonça que já pensa na candidatura da mãe, o
Senador Ivo Cassol que já anunciou que vai abandonar a politica e muitos outros
que ainda não botaram a cara, mas quando botar a justiça eleitoral vai em cima.