Governador do Amapá assina acordo com Eletrobras para federalizar a CEA
Junto à assinatura virão R$210 milhões em investimentos na rede elétrica
Da redação
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, assinam nesta terça-feira (10/9) o Acordo de Acionistas que permitirá a gestão compartilhada entre a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a Eletrobras. Para o governador, o acordo dará novo e decisivo passo no que se refere ao desenvolvimento energético do estado.
Segundo Capiberibe, o resgate da credibilidade foi um fator primordial para que a parceria ocorresse. Junto com a assinatura do acordo virão R$210 milhões em investimentos na rede elétrica do Estado inteiro. "Desde 2011 já investimos mais de R$20 milhões na recuperação e expansão da rede e, dado ao sucateamento da CEA, ainda enfrentamos grandes dificuldades", lembrou o governador.
Com o acordo, a CEA receberá os recursos para recuperar o sistema de distribuição da empresa e resolver os problemas no fornecimento de energia elétrica no Amapá. Entre as obras que serão financiadas com esse recurso estão as de rebaixamento para aproveitamento da energia que chegará pelo Linhão de Tucuruí, no valor de R$42 milhões. Outra é a construção de subestações para garantir a melhora no fornecimento de modo a acabar com as quedas
"Não foi fácil construir a engenharia administrativa que nos permitiu acessar os recursos para federalizar a Companhia (R$ 1,4 bilhão) e ainda o recurso para os nossos investimentos (R$ 1,4 bilhão). No entanto, esse foi o compromisso que assumi com o povo do Amapá, que foi fazer tudo o que fosse necessário para resolver os gargalos ao nosso desenvolvimento", enfatizou, acrescentando que a medida vai permitir o desenvolvimento econômico do Estado e a atração de empresas. "Não há desenvolvimento sem energia".
Federalização
Camilo Capiberibe lembrou que, quando assumiu o governo, tinha dois caminhos a seguir. O primeiro era permitir a falência da CEA e ainda ter de pagar mais de R$2 bilhões em dívidas herdadas nos últimos anos. O segundo seria pagar o débito adquirido junto à Eletronorte no valor de R$ 1,4 bilhão. Optou pelo segundo.
Camilo Capiberibe lembrou que, quando assumiu o governo, tinha dois caminhos a seguir. O primeiro era permitir a falência da CEA e ainda ter de pagar mais de R$2 bilhões em dívidas herdadas nos últimos anos. O segundo seria pagar o débito adquirido junto à Eletronorte no valor de R$ 1,4 bilhão. Optou pelo segundo.
Para isso foi necessário o aval da Assembleia Legislativa do Amapá, que aprovou um projeto de lei autorizando o Governo do Estado a emprestar R$1,4 bilhão da Caixa Econômica Federal. Tão logo o governo efetuou a primeira parcela da dívida, a empresa ficou adimplente com a União para receber recursos federais.
Pela previsão dos técnicos da CEA e da Eletrobras, que já fizeram um estudo de viabilidade econômica, até 2017 a companhia estará operando com saldo positivo. "É um longo caminho a seguir, mas, volto a repetir, ele foi necessário para o crescimento do Amapá", concluiu o governador.
Fonte: Jornal da energia