Operação Higia pode mudar relação entre Legislativo e Executivo

Todos sabem ou pelo menos imagina como deve ser a relação entre alguns grupos de vereadores do poder legislativo com o chefe do executivo ou pastas do poder executivo municipal  em praticamente todos os municípios brasileiros. Pimenta Bueno com certeza não foge a regra.

São muitos interesses colocados na mesa para atender compromissos assumidos em campanha, alguns pagos com dinheiro, outros com favores e algumas com indicações em cargos que muitas vezes nem cabem na estrutura das secretarias ou da administração.

Quantos secretários, assessores jurídicos e responsáveis por determinadas pastas já disseram “ isso não tem jeito” e ouviram uma determinação, “ mas tem que ser feito”.  Arrume um jeito, é indicação do fulano ou do sicrano. Geralmente este fulano é alguém que contribuiu na eleição ou que influencia nos resultados de votação no plenário da Câmara Municipal.

Esta relação que continua apesar da mudança dos mandatários, é conseqüência das escolhas feitas pelos eleitores, ou da cultura política em curso, feita na base do toma lá, da cá desde a visita do candidato a casa do eleitor até as negociações para composição da mesa diretora e para aprovação de projetos ou matérias de interesse de um ou de outro poder.  Os quatro vereadores flagrados na operação Higia em Pimenta Bueno mostra bem como esta cultura se manifesta e se perpetua.  Vereadores com mais de três ou quatro mandatos consecutivos e outros com apenas seis meses no cargo agindo da mesma forma.

Uma coisa é certa, passada a sensação de impunidade, o atual prefeito, se bem intencionado, terá alguns meses de folga pela frente, para respirar aliviado e aprovar suas matérias sem as pressões típicas dessa cultura política.

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