Observem as faixas e os cartazes nas manifestações - Desemprego não é tema de protestos no Brasil. Isso mostra que o país melhorou
Ipea avalia que protestos não estão sendo feitos pelos mais pobres
Folhapress | 17h15 | 27.06.2013
De acordo com instituto, renda dos 10% mais pobres cresceu 550% mais rapidamente que dos 10% mais ricos
O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcelo Neri, apresentou nesta quinta-feira (27) dados sobre a redução da desigualdade e aumento darenda e afirmou que os protestos no país não estão sendo realizados pelos mais pobres.
Economista Marcelo Neri avalia que parcela mais rica da população tem maior participação nos protesto pelo Brasil Foto: Carol Domingues
"Pessoas que estão no lado belga da "Belíndia" talvez tenham razões para não estarem satisfeitas", afirmou em entrevista coletiva no Rio de Janeiro. A expressão "Belíndia", criada pelo economista Edmar Bacha, buscar definir as desigualdades do Brasil, que mistura a riqueza da Bélgica e a miséria da Índia.
Questionado se são os mais ricos que estão nas ruas, respondeu: "Não diria os mais ricos, mas certamente não são os mais pobres." Neri disse que a renda dos 10% mais pobres no paíscresceu 550% mais rápido do que a dos 10% mais ricos, e que a desigualdade no Brasil reduziu de maneira "muito forte" nos últimos 12 anos.
"Talvez as pessoas que estejam mais no topo da distribuição, e que tiveram menores crescimentos de renda, olhem para o lado e falem: olha, quero ter crescimento mais alto." O presidente do Ipea também afirmou que as manifestações no país surgiram de uma forma diferente da que ocorrem em outros lugares do mundo, no que chamou de "uma receitabrasileira".
"Normalmente protesto surge como aconteceu em Wall Street (referindo-se ao Occuppy Wall Street), que foi contra a desigualdade e o desemprego. O fato é que a desigualdade no Brasil está caindo e a economia encontra-se próxima ao pleno emprego. Então o protesto é de natureza diferente."
"Felicidade futura" e "pleno emprego" podem gerar frustração
Neri afirmou também que os brasileiros têm o maior índice de felicidade futura (projeção do que espera em cinco anos), segundo um levantamento feito em 160 países. Para ele, uma alta expectativa em relação ao futuro pode trazer frustração.
Sobre o mercado de trabalho, afirmou que há sinais de gargalo. Segundo ele, o aumento da renda tem ocorrido muito mais pelo aumento dos salários. "Isso pode ser um sinal de pleno emprego, que é um problema, mas é menos preocupante."
Sobre as manifestações que têm ocorrido nos protestos contrárias a realização dos grandes eventos, como a Copa do Mundo, afirmou que os custos já tivemos e que é preciso honrar os compromissos assumidos.
Economista Marcelo Neri avalia que parcela mais rica da população tem maior participação nos protesto pelo Brasil Foto: Carol Domingues
"Pessoas que estão no lado belga da "Belíndia" talvez tenham razões para não estarem satisfeitas", afirmou em entrevista coletiva no Rio de Janeiro. A expressão "Belíndia", criada pelo economista Edmar Bacha, buscar definir as desigualdades do Brasil, que mistura a riqueza da Bélgica e a miséria da Índia.
Questionado se são os mais ricos que estão nas ruas, respondeu: "Não diria os mais ricos, mas certamente não são os mais pobres." Neri disse que a renda dos 10% mais pobres no paíscresceu 550% mais rápido do que a dos 10% mais ricos, e que a desigualdade no Brasil reduziu de maneira "muito forte" nos últimos 12 anos.
"Talvez as pessoas que estejam mais no topo da distribuição, e que tiveram menores crescimentos de renda, olhem para o lado e falem: olha, quero ter crescimento mais alto." O presidente do Ipea também afirmou que as manifestações no país surgiram de uma forma diferente da que ocorrem em outros lugares do mundo, no que chamou de "uma receitabrasileira".
"Normalmente protesto surge como aconteceu em Wall Street (referindo-se ao Occuppy Wall Street), que foi contra a desigualdade e o desemprego. O fato é que a desigualdade no Brasil está caindo e a economia encontra-se próxima ao pleno emprego. Então o protesto é de natureza diferente."
"Felicidade futura" e "pleno emprego" podem gerar frustração
Neri afirmou também que os brasileiros têm o maior índice de felicidade futura (projeção do que espera em cinco anos), segundo um levantamento feito em 160 países. Para ele, uma alta expectativa em relação ao futuro pode trazer frustração.
Sobre o mercado de trabalho, afirmou que há sinais de gargalo. Segundo ele, o aumento da renda tem ocorrido muito mais pelo aumento dos salários. "Isso pode ser um sinal de pleno emprego, que é um problema, mas é menos preocupante."
Sobre as manifestações que têm ocorrido nos protestos contrárias a realização dos grandes eventos, como a Copa do Mundo, afirmou que os custos já tivemos e que é preciso honrar os compromissos assumidos.