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PIMENTA BUENO – A SAUDE QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS

Pimenta Bueno conta atualmente com seis estabelecimentos de saúde pública municipal incluindo o Hospital Ana Neta  com 46 leitos. Capacidade para internar 46 pessoas num universo de   33.754 habitantes, ou seja, 01 leito para cada 734 habitantes. Os estabelecimentos particulares ou privados oferecem mais 20 leitos, totalizando 66 ao todo – dados do IBGE 2009.

            Ainda segundo o IBGE, 26 pessoas em Pimenta Bueno morreram em 2009, vítimas de doenças endócrinas, nutricionais,  metabólicas, sistema nervoso, aparelho circulatório, aparelho respiratório, aparelho digestivo, envenenamentos, infecciosas e parasitarias. Nessa estatística possivelmente não consta as pessoas que morreram fora do domicilio, as que foram transferidas para Cacoal, Porto Velho e para fora do estado.

            Algumas dessas vidas poderiam ter sido poupadas?  Com certeza sim e não se trata aqui, de criticar os profissionais da saúde ou a administração atual pela situação. A saúde vai mal em praticamente todos os estados e municípios do Brasil, pelo menos é o que diz a imprensa e não precisa ver ou ler jornal para constatar esta realidade. O que se pretende aqui é criticar o modelo e não apenas isso, apresentar uma solução que considero simples  e altamente possível.  Trata-se de inverter a ordem atual, ao invés de tentar levar a saúde para perto do cidadão, levar o cidadão para perto da saúde ou mais além, para dentro da saúde.

ESTRUTUA DA SAUDE EM PIMENTA BUENO - Observando o modelo atual, o que se constata, é que boa parte dos pacos recursos aplicados no setor, vai para bancar a estrutura física e de pessoal existente. São seis estabelecimentos, incluindo o Hospital Ana Neta, o Cento Madre Teresa, um cento de tratamento odontológico e três centros de saúde. Inclui-se ai, pessoal de apoio, profissionais da saúde, contas de água, luz, telefone e materiais de limpezas, “reformas e manutenção predial”.

Nossa proposta é enxugar a estrutura e investir o dinheiro na atividade fim, na saúde do cidadão. Para isso, a promessa de reforma do Hospital Ana Neta teria que ser cumprida e prever condições para atendimento a demanda existente nas diversas unidades de saúde espalhadas pela cidade, mal aparelhadas e incapazes de realizar um bom atendimento.

A SAÚDE QUE QUEREMOS
A transição da saúde que temos para a saúde que queremos não é tão simples, mas não se trata de algo impossível. A primeira medida passa pela otimização dos recursos financeiros e humanos disponíveis.

Nosso modelo passa por um enxugamento na estrutura física e centralização do atendimento em apenas dois estabelecimentos, o Hospital Ana Neta e Madre Tereza de Calcutá.

CENTRALIZAÇÃO. A demanda existente e atendida de forma precária nos 06 pontos espalhados na cidade estaria sendo concentrada em apenas dois locais de atendimento, assim como toda a estrutura de pessoal e financeira utilizada para sustentar esta pesada estrutura.

CENTRAL DE ATENDIMENTO – no lugar das quatro unidades de saúde desativadas, uma central de atendimento com um disk saúde nos moldes de um call-center 24 horas (0800) recebendo chamadas e atendendo a população dos quatro cantos da cidade. Bastava ter um celular ou orelhão por perto para ter acesso ao centro de atendimento.

LOCOMOÇÃO – Para encurtar a distância entre o cidadão e o centro de atendimento, além do 0800 com ligação gratuita, o transporte do paciente até o hospital também seria gratuito e feito por um conjunto de quatro veículos tipo UNO que estaria sobre o comando do   ( disk saúde) aguardando ordens para se deslocar até a casa do paciente  e transporá-lo de forma segura e eficiente até o hospital mais perto. No lugar de centro de saúde fechado no período noturno e finais de semana, ou mesmo aberto e sem médicos e enfermeiras,  um telefone, uma telefonista e um carro de plantão para lhe socorrer a qualquer hora do dia ou da noite. Você acha que é sonho? Que esta estrutura é mais cara que a atual? faça as contas e verás que ela é muito mais barata e mais eficiente que a que temos.

LOCALIZAÇÃO -  A localização do Hospital Ana Neta é um dos pontos forte e que favorece esta nova visão de saúde pública em Pimenta Bueno. O morador do bairro mais distante não chega a 2000 metros do hospital, enquanto cerca de 70% estão a menos de 1.300 metros da nova estrutura de atendimento. Aqui não estamos falando dos Bairros, Bela Vista e Itaporanga nossos clientes preferenciais do Call-center.

NOVA VISÃO - A nova visão de gestão pública contemporânea passa pela capacidade de se  “Fazer mais com menos e melhor”  e esta é a grande tônica desta nova estrutura. O modelo atual de estrutura descentralizada tinha como objetivo, levar a saúde para perto do cidadão e não funcionou. Construir posto de saúde na frente da casa das pessoas não significa oferecer atendimento de qualidade, em alguns casos isso serve apenas como palanque eleitoral. 

Nossa proposta é levar o cidadão para perto da saúde e isso me parece mais fácil e viável. Bastando para isso ajustar a estrutura existente e adequá-la para esta nova realidade. O agente de saúde e o médico da família completariam este serviço, visitando as pessoas idosas ou especiais com dificuldade de locomoção.

VANTAGENS DA GESTÃO CENTRALIZADA – A centralização da estrutura, além de permitir um melhor aproveitamento do quadro de pessoal existente, possibilitando dimensionar os plantões de modo a ter estes profissionais disponíveis no momento certo sem escravizá-los com dobra de plantão ou penalizando a população pela ausência ou falta deles, ainda facilitaria a gestão desses recursos de forma mais justa e eficiente. Distribuir tarefas e gerir um quadro centralizado é mais fácil que atender uma estrutura  espalhada,  insuficiente, cara, pouco eficiente e inadequada. Incapaz de oferecer serviços de qualidade e satisfatória a seus usuários.

CONTRIBUA COM ESTE DEBATE, VAMOS MELHORAR NOSSA SAÚDE.

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