Qual seria a melhor hora de arriscar?
O que sempre ouvimos em épocas de crises é: " Esta não é a melhor hora pra se arriscar"; Não seria esta duvida a maior causa das recessões, das contrações e da própria crise?
O filósofo francês LUC FERRY disse que " O mal maior da sociedade contemporânea é o medo". Segundo ele, nós ocidentais temos medo de tudo, da velocidade, do sexo, do álcool, do tabaco, da carne vermelha, do frango, do efeito estufa, da globalização, das notas escolares; Eu acrescentaria ainda 0 medo do desemprego, da recessão e por último, o medo de arriscar. A cada ano se cria novos medos e por trás de cada medo a sempre um interesse oculto de pessoas, instituições e organizações que buscam se impor pelo medo. Comenta o filósofo que, qualquer ameaça como o terrorismo, ou a gripe aviária, desperta uma neurose global. A angústia que essa histeria causa individualmente é mais prejudicial do que a ameaça que ela se contrapõe.
Um exemplo atual desta afirmativa é a crise que começou com a especulação imobiliária nos Estados Unidos e vem arrastando e devastando a economia em todo o Planeta. Os investidores trocam as bolsas de valores pelo dólar. Com a procura maior que a oferta, o dólar sobe, subindo ele atrapalha a indústria que importa matéria prima, que aumenta o custo de produção, que aumenta o preço do produto, que diminui o consumo, que causa recessão, que provoca perda de emprego. E assim o efeito dominó atinge a todos, até o individuo que estava pensando em começar um negócio, ao invés de atitudes concretas, ele inicia uma série de perguntas e reflexão. Uma delas é a primeira questão que todos levantam.
- Seria esta a melhor hora de arriscar?
Veja a angustia que essa histeria causou é maior do que o efeito que a própria crise poderia causar.
O melhor exemplo de oportunidade que possa surgir em momentos de grandes incertezas é a própria descoberta do Brasil pelos portugueses, que ocorreu em um período de crise e grandes transformações na Europa. Entre os séculos XII e XIV o feudalismo foi cedendo lugar a uma nova forma de organização social. A guerra dos 100 anos, entre França e Inglaterra, e a peste negra que se alastrou por todo o continente, acabou por desorganizar a sociedade feudal. A fome estimulou a revolta camponesa que fugiu ao controle da nobreza e acelerou o processo de transformação nos centros urbanos. Com a expansão do comércio, surge uma nova classe social, a burguesia mercantil. É esta classe que iniciara o processo que deu origem as grandes navegações dos séculos XV e XVI que resultou na descoberta das Américas e do Brasil.
Gilberto, um amigo meu, era motorista de ônibus e foi demitido em 1.993, em um momento em que o país vivia uma grande recessão. Collor havia tentado matar a inflação com um tiro só e o tiro saiu pela culatra. Seqüestrou a poupança e a conta corrente de todo mundo e sem dinheiro circulando o País quebrou, amargando um longo período de estagnação econômica combinado com piora dos indicadores sociais. Gilberto nesta época pegou todo o seu acerto de conta, fruto da rescisão contratual e foi até a cidade de Cáceres - MT comprar calçados para revender. Hora ele estava expondo em cima de um tapete próximo a rodoviária de Pimenta Bueno hora em Rolim de Moura e outros municípios vizinhos. O ex motorista cuja carteira foi dado baixa na década de 90, ja assinou diversas carteiras de profissionais contratados por ele para trabalhar em sua loja de calçados. Se ele tivesse pedido a minha opinião na época, provavelmente estaria trabalhado de motorista em outra empresa de ônibus.
Valdemar meu colega de trabalho é outro exemplo de quem arriscou na hora certa. Funcionário de carreira da Concessionária de energia em Rondônia, ele começou a adquirir terras que ninguém dava valor, em outras palavras, não queriam nem de graça. Não foram poucos os que lhe chamaram de louco. Ele continua na empresa e gosta do que faz, no entanto, não depende mais do seu salário para viver. Virou plantador de soja e se diverte nos finais de semana andando de caminhão e passeando pela terra em cima das colhetadeiras e tratores de sua fazenda.
Estou cada dia mais convencido que o que acontece na vida das pessoas não é uma mera coincidência, mas conseqüência de suas atitudes. Um assalariado e um desempregado mudaram de vida e melhoraram sua condição social num momento adverso. Quando o bom senso dizia que não era hora de arriscar ela arriscaram e mudaram de vida. A grande lição que se tira de tudo isso é que, o segredo dos grandes vencedores não esta apenas na análise correta do ambiente, mas, na coragem de arriscar. Desse ponto de vista pode-se dizer que a crise poderia ser bem maior se não fosse ousadia dos que arriscam e tiram proveito desses momentos. A outra questão é saber que a crise não produz o mesmo efeito para todos. O que é ruim para uns é oportunidade para outros. Que o digam os donos de casas de câmbio.
Joaquim888@brturbo.com.br
Matildelouredo@bol.com.br
O que sempre ouvimos em épocas de crises é: " Esta não é a melhor hora pra se arriscar"; Não seria esta duvida a maior causa das recessões, das contrações e da própria crise?
O filósofo francês LUC FERRY disse que " O mal maior da sociedade contemporânea é o medo". Segundo ele, nós ocidentais temos medo de tudo, da velocidade, do sexo, do álcool, do tabaco, da carne vermelha, do frango, do efeito estufa, da globalização, das notas escolares; Eu acrescentaria ainda 0 medo do desemprego, da recessão e por último, o medo de arriscar. A cada ano se cria novos medos e por trás de cada medo a sempre um interesse oculto de pessoas, instituições e organizações que buscam se impor pelo medo. Comenta o filósofo que, qualquer ameaça como o terrorismo, ou a gripe aviária, desperta uma neurose global. A angústia que essa histeria causa individualmente é mais prejudicial do que a ameaça que ela se contrapõe.
Um exemplo atual desta afirmativa é a crise que começou com a especulação imobiliária nos Estados Unidos e vem arrastando e devastando a economia em todo o Planeta. Os investidores trocam as bolsas de valores pelo dólar. Com a procura maior que a oferta, o dólar sobe, subindo ele atrapalha a indústria que importa matéria prima, que aumenta o custo de produção, que aumenta o preço do produto, que diminui o consumo, que causa recessão, que provoca perda de emprego. E assim o efeito dominó atinge a todos, até o individuo que estava pensando em começar um negócio, ao invés de atitudes concretas, ele inicia uma série de perguntas e reflexão. Uma delas é a primeira questão que todos levantam.
- Seria esta a melhor hora de arriscar?
Veja a angustia que essa histeria causou é maior do que o efeito que a própria crise poderia causar.
O melhor exemplo de oportunidade que possa surgir em momentos de grandes incertezas é a própria descoberta do Brasil pelos portugueses, que ocorreu em um período de crise e grandes transformações na Europa. Entre os séculos XII e XIV o feudalismo foi cedendo lugar a uma nova forma de organização social. A guerra dos 100 anos, entre França e Inglaterra, e a peste negra que se alastrou por todo o continente, acabou por desorganizar a sociedade feudal. A fome estimulou a revolta camponesa que fugiu ao controle da nobreza e acelerou o processo de transformação nos centros urbanos. Com a expansão do comércio, surge uma nova classe social, a burguesia mercantil. É esta classe que iniciara o processo que deu origem as grandes navegações dos séculos XV e XVI que resultou na descoberta das Américas e do Brasil.
Gilberto, um amigo meu, era motorista de ônibus e foi demitido em 1.993, em um momento em que o país vivia uma grande recessão. Collor havia tentado matar a inflação com um tiro só e o tiro saiu pela culatra. Seqüestrou a poupança e a conta corrente de todo mundo e sem dinheiro circulando o País quebrou, amargando um longo período de estagnação econômica combinado com piora dos indicadores sociais. Gilberto nesta época pegou todo o seu acerto de conta, fruto da rescisão contratual e foi até a cidade de Cáceres - MT comprar calçados para revender. Hora ele estava expondo em cima de um tapete próximo a rodoviária de Pimenta Bueno hora em Rolim de Moura e outros municípios vizinhos. O ex motorista cuja carteira foi dado baixa na década de 90, ja assinou diversas carteiras de profissionais contratados por ele para trabalhar em sua loja de calçados. Se ele tivesse pedido a minha opinião na época, provavelmente estaria trabalhado de motorista em outra empresa de ônibus.
Valdemar meu colega de trabalho é outro exemplo de quem arriscou na hora certa. Funcionário de carreira da Concessionária de energia em Rondônia, ele começou a adquirir terras que ninguém dava valor, em outras palavras, não queriam nem de graça. Não foram poucos os que lhe chamaram de louco. Ele continua na empresa e gosta do que faz, no entanto, não depende mais do seu salário para viver. Virou plantador de soja e se diverte nos finais de semana andando de caminhão e passeando pela terra em cima das colhetadeiras e tratores de sua fazenda.
Estou cada dia mais convencido que o que acontece na vida das pessoas não é uma mera coincidência, mas conseqüência de suas atitudes. Um assalariado e um desempregado mudaram de vida e melhoraram sua condição social num momento adverso. Quando o bom senso dizia que não era hora de arriscar ela arriscaram e mudaram de vida. A grande lição que se tira de tudo isso é que, o segredo dos grandes vencedores não esta apenas na análise correta do ambiente, mas, na coragem de arriscar. Desse ponto de vista pode-se dizer que a crise poderia ser bem maior se não fosse ousadia dos que arriscam e tiram proveito desses momentos. A outra questão é saber que a crise não produz o mesmo efeito para todos. O que é ruim para uns é oportunidade para outros. Que o digam os donos de casas de câmbio.
Joaquim888@brturbo.com.br
Matildelouredo@bol.com.br